MUSEU AEROESPACIAL
Cultural
674m²
Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro - RJ
2004
EMBRAER
Construido
Espaço de Aeronave
O projeto para as novas salas do Museu Aeroespacial partiu do cruzamento de três dados circunstanciais: a arquitetura do hangar, o tema Aviação e a proposta de Museografia.
Ele consiste em duas ações associadas:
A) Reforço do eixo longitudinal do museu com destino no mirante
B) Criação de duas áreas de impacto visual nas extremidades do sinuoso percurso de exposição.
O reforço do eixo se materializa na sequencia de eventos disposto sobre eles, do início da visitação até o mirante – de onde se pode observar o hangar de um ponto elevado. As áreas de impacto pretendem valorizar ambas as salas e criar surpresas ao expectador: a primeira é a visão do acesso à primeira sala e a segunda é a visão oposta, da parede de fundo da segunda sala.
PROJETO
SALA PRIMÓRDIOS DA AVIAÇÃO
O acesso às novas salas do segundo piso se dá pelo corredor central do MUSAL. Um aporta de correr de vidro introduz o visitante no primeiro espaço.
GÊNESIS – A grande hélice antiga é o destaque desse espaço, composto por painéis divisórios com cores que variam do claro para o escuro, propondo uma metáfora de aurora boreal. A hélice, pendurada no teto, funciona como um símbolo da aviação.
PERCURSO – A história da aviação é contada didaticamente nos oito espaços subsequentes e interligados. As sessões dividem-se por placas explicativas de seu conteúdo.
Painéis altos angulosos direcionam o visitante na sequência sugerida, deixando de impor um único percurso. Expositores repetidos criam unidade visual entre os espaços.
Duas ambientações em pontos estratégicos criam ambientes mais realistas e hierarquicamente valorizados.
SÍMBOLOS – Várias citações à aviação são incorporadas aos espaços. Dois grandes painéis curvos com vitrines transformam o salão retangular em um espaço de linhas curvas, aerodinâmicas.
Os pilares lembram asas de avião dispostas na vertical e delineiam um movimento no espaço. As esquadrias de avião e o ‘finger’ fazem a comunicação entre as salas. Revestimentos metálicos e ângulos agudos criam uma atmosfera que remete ao tema exposto.
Tirou-se partido de elementos pendurados no teto – a grande hélice, maquetes de aviões e foguetes.
SALA EMBRAER
A Sala EMBRAER é acessada através do ‘finger’. O mirante é o primeiro espaço da sala, de onde se descortina a visão do hangar.
MAIS INFO
projeto de arquitetura Celso Rayol em parceria com Adriana Sansão e Claudia Miranda
projeto museográfico Museu Aeroespacial
luminotécnica Nils Ercson
programação Visual Comunicação Brasil
cenografia P&J
estrutura Mauro Ferreira
construçãoPMO
fotos Celso Brandos