PAYSANDU 23
Residencial
Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
2020
PIIMO Empreendimento Imobiliários
Em desenvolvimento
O habitar contemporâneo. Harmonia entre o presente e o passado.
Histórico e Contemporâneo
O projeto para a transformação do Hotel Paysandu em um edifício residencial partiu da premissa de preservar e recuperar a arquitetura do hotel com intuito de devolvê-lo à cidade com uma nova vida, que acompanhasse o habitar contemporâneo e suas preocupações atuais.
A intenção do projeto é de olhar para o futuro com respeito ao passado, um trabalho importante de manutenção da memória da cidade. Sendo assim, começamos o projeto garantindo a recuperação da fachada e a manutenção de elementos arquitetônicos icônicos que marcaram e ainda marcam a Rua Paissandu.
Pensamos os espaços interiores alinhados com a estética e a vivência contemporânea, trazendo unidades compactas e espaços compartilhados que oferecem mais serviço e eficiência para vida cotidiana de quem habita o edifício.
Com intuito de preservar a memória de forma a agregar à contemporaneidade da decoração, criamos uma composição com as portas dos armários do antigo Hotel que junto à iluminação criam uma ambiência voltada para a memória do passado e a inovação do futuro. Estas composições ocorrem no lobby e no salão gourmet do pavimento térreo e contam com 72 portas retiradas do campo de demolição, evitando o acúmulo de entulhos.
Cidade em 15 Minutos
A localização do Paysandu 23 é extremamente valorizada, permitindo a ideia da “cidade em 15 minutos”. O bairro do Flamengo é conhecido por sua mistura de programas: residencial, comercial e institucional, fazendo com que o entorno do empreendimento seja movimentado e dinâmico. O bairro ainda oferece inúmeros pontos de transporte público que interligam toda cidade e facilitam a locomoção sem carros individuais. Com esse intuito, o Paysandu 23 não possui vagas para veículos e disponibiliza bicicletas para todos os moradores.
Uma Vivência Sustentável
Na construção vertical do projeto, optou-se por posicionar diversos serviços de uso comum e lazer por todos os andares, a fim de criar uma experiência na circulação do edifício que convide o usuário a não usar o elevador.
O pavimento de uso comum, localizado na cobertura do edifício, permite aos usuários um maior contato com a natureza, a exuberante paisagem circundante e com a luz externa natural.
Projeto e Setorização
A disposição e layout do edifício, permite iluminação e ventilação natural em todos os cômodos e apartamentos, dispensando o uso de exaustores mecânicos, inclusive em seus banheiros. Possuindo apenas um núcleo fixo de banheiros e cozinha, o apartamento tipo é proposto para uma caracterização de acordo com o usuário, evitando a demolição após a venda, minimizando a produção de resíduos e entulhos. No pavimento térreo, o lobby conta com estratégias de iluminação e de decoração que compõem a contemporaneidade harmônica com o edifício. Pensando no morar moderno, salas de convívio e compartilhamento são propostas não só no térreo, com sala de reuniões e salão gourmet, como também em todos os pavimentos. As salinhas de trabalho apresentam cafeteria, sala de reuniões casuais, lavanderia compartilhada, sala de equipamentos esportivos e ferramentas compartilhadas, além de uma sala de mídias. Estes comandos permitem o conforto do usuário.
Demolição - Sustentabilidade em Massa
A indústria da construção civil é um dos segmentos industriais mais críticos no que se refere aos impactos ambientais, sendo o principal gerador de resíduos sólidos da sociedade. Somado a isso, as sobras e restos de materiais de construção demoram muitos anos para se decomporem no meio ambiente.
Com o retrofit evitamos o acúmulo de 382,626 TON de entulhos e resíduos, além do custo adicional e emissão de CO2 de transporte e descarte apropriado.
Trazer o Verde para Perto
Uma das principais premissas do projeto do Paysandu 23 foi a criação de um terraço jardim no pavimento da cobertura. Desse modo, o entorno do projeto, o grande parque do Flamengo, é mimetizado para dentro da edificação - trazendo, no pavimento de uso comum, o verde para perto e para o cotidiano de seus moradores. A vivência de espaços verdes externos e contato com a natureza demonstra-se fundamental para a garantia da saúde mental e bem-estar de seus moradores.
A fim de se reduzir o efeito de ilha de calor e melhorar o isolamento térmico e acústico, optou-se pelo uso de cobertura verde, os quais contam com base de argamassa, membranas asfálticas impermeáveis, camada de drenagem e o substrato de terra. Desse modo, além do caráter sustentável e do design biofílico, garante-se purificação do ar com produção de oxigênio e retenção de partículas de ar.
MAIS INFO
projeto de arquitetura Celso Rayol e Fernando Costa
coordenador de projeto André Caterina, Lúcia Andrezo
equipe Mariana Alonso, Ana Terra Vettori, Maria Luiza Peixoto, Camila Paiva, Pedro Brito, Leonardo Leal, Luiza Melo, Luisa Linden
construção PIIMO
interiores Cité Arquitetura
imagens Studio VIR